quinta-feira, 28 de maio de 2015

MOÇÃO DE REPÚDIO AO REITOR DA UNESP

O PSTU Marília manifesta seu repúdio a JULIO CEZAR DURIGAN, Reitor da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, em face da perseguição que promove contra o professor Jean Menezes, docente do campus de Marília/SP.
Em 2014, o professor Jean Menezes publicou carta aberta na revista Caros Amigos, na qual criticava com veemência a conduta autoritária e as táticas fascistas de que se valia o Reitor para reprimir os estudantes que lutavam por permanência estudantil. 
O documento pode ser lido aqui.
Diante disso, JULIO CEZAR DURIGAN providenciou a instauração de processo administrativo contra o professor Jean Menezes, em evidente censura à opinião manifestada pelo docente.
Jean está sendo processado porque se solidarizou com os estudantes e ousou denunciar o autoritarismo instalado na reitoria de uma UNIVERSIDADE PÚBLICA, o que apenas comprova o seu argumento e evidencia a toda a comunidade o caráter arbitrário e fascistoide da política implementada pelo Reitor da Unesp.
DURIGAN criminaliza a luta estudantil e atenta contra a livre manifestação de pensamento.
Exigimos imediatamente o arquivamento do processo administrativo instaurado contra o professor Jean Menezes!
Todo apoio e solidariedade aos que lutam!
Ninguém fica pra trás!

Marília, 28 de maio de 2015

quarta-feira, 27 de maio de 2015

MOÇÃO DE REPÚDIO


O PSTU Marília repudia a criminalização do movimento estudantil da UNESP em Rio Claro.
Trinta e um (31) estudantes da UNESP de Rio Claro, que se colocaram em luta por bolsas socioeconômicas, restaurante universitário e moradia – condições básicas para permanência estudantil –, estão sendo duramente reprimidos por meio de sindicância disciplinar.
Desde 2013, os estudantes da UNESP vêm sofrendo perseguição política por parte da Reitoria e Diretorias. Em 2014, 95 sofreram suspensão de 60 dias; nesse ano, 17 estudantes do campus de Araraquara foram suspensos por 180 dias.
Até mesmo os professores que se colocam em luta ao lado dos estudantes estão sendo reprimidos. É o caso de Jean Menezes, professor do campus de Marília que, por denunciar a arbitrariedade com que a Reitoria criminaliza a luta estudantil, também está respondendo a um processo administrativo.
Casos dessa natureza eram típicos da ditadura civil-militar, na qual não havia liberdade de organização política.  
Exigimos imediatamente o fim das sindicâncias e processos administrativos e da perseguição aos lutadores!
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) está em luta com os estudantes.
Ninguém fica pra trás!

sábado, 16 de maio de 2015

Da eminência revolucionária do amor

Da eminência revolucionária do amor


Ao camarada Alex Leite


As horas...
Os dias... 
Os anos...
Quantos anos....
Quanto tempo...
Tempos difíceis, amargos, cruéis, vazios
Plenos de humanidade, repletos de esperanças tantas
Quantas não podemos descrever
Nem tampouco podemos vê-las realizar-se em matéria...
Em essência humana...

Essência humana...
Essência minha e tua e nossa
E nossa luta tanta
Pela realização de tais essencialidades
Tanta dor e angústia
A dor de nos sabermos tão pequenos diante da crueza do mundo
Do mundo que vivemos
Do mundo que não sonhamos, que não panejamos
De um mundo em que somos sempre estranhos
Estranhos defensores de um sonho
Que em tantas horas sonhamos a sós
E que sonhamos algum dia tê-lo coletivamente
Eis a questão de nossa luta
Pelo que lutamos camarada?
Lutamos pela realização de todas as potencialidades humanas?
Lutamos “pelo bom, pelo justo e pelo melhor do mundo”?
O que é o melhor do mundo se não o amor
O amor por cada ser humano
Somos amantes empedernidos da humanidade
Que hora se faz atroz
Que hora se revela pura, amável, afável, sincera
Sinceridade... Pureza... Amor...
Palavras que almejamos
Ações que ao mesmo tempo temos e tememos
Tememos a ingenuidade que a bondade nos traz
Tememos que a nossa coragem de amar
Seja vista como fraqueza
Estranhamente lutamos por um mundo sincero de amor
Ao mesmo tempo em que nos tornamos duros e intocáveis
Intocáveis da coragem de sermos fracos
Da coragem de sermos humanos
Os anos de luta nos fazem fortes, duros...
Como rochas, aprendemos a perder algumas partes de nós
Mantendo em si sua essência grandiosa
Tocável e intocável ao mesmo tempo
Aquilo que perdemos de nós não pode ser a ternura
Nem tampouco a pureza de nossos atos
E não podemos perder de nós o sincero, o bom, o doce
O mundo pelo qual lutamos está em nós
Em cada gesto de carinho que voluntariamente ofertamos
Em cada ato de solidariedade
Em cada olhar de profundidade que lançamos a outrem
A revolução camarada
Está na perda da aspereza das relações
Está na potencia de nos fazermos tão humanos quanto for necessário
O meu amor, o nosso amor é revolucionário
Não somente por ser amor
Mas por ser amor àquilo tudo que é humano
Há de ser puro, sincero e amante
O mundo
O nosso mundo interno e externo
O mundo que construímos
Para agora e para o que há de vir
À luz do que sou eu e você e todos
Capazes de querer a vida humana em essência
Em toda sua força e coragem de se saber
E de ser tão capaz de amar a vida.

Laura Braga